No futebol, o Brasil perdeu hoje pra Croácia na Copa, mas vale dizer que na Cultura o país também perdeu hoje, aos 80 anos, o grande Djalma Correa, um dos maiores percussionistas de todos os tempos.
Figura sensacional, mineiro mestrão, esteve dentro de momentos importantes da música brasileira, como nos shows que projetaram as figuras do Tropicalismo (Nós, Por Exemplo e Doces Bárbaros).
Maestro gigante da percussa, viajou pra África com Gil num momento muito especial da música brasileira que resultou entre outras coisas no seminal disco Refavela.
Além de músico, Djalma também teve uma atuação incrível no registro e pesquisa, onde reuniu, desde meados da década de 1960, um extenso acervo, vasta documentação sobre a música e a cultura popular brasileira. Vertente esta pouquíssimo conhecida e que tem sido pesquisada, catalogada e divulgada no projeto Acervo Djalma Correa: Música e Cultura Afro-brasileira, tocado pela pesquisadora Cecília de Mendonça.
Djalma Correa tocou com uma galera que inclui, além do Gil, Luiz Gonzaga, Betânia, Caetano, Gal… E botou na rua dois discos maravilhosos, um chamado Baiafro e outro chamado Candomblé– vale a pena catar no youtube.
Valeu mestre Djalma!