A gaita boa de onda de Toots Thielemans

Já está ficando rotineiro e chato essa sucessão de perdas de gente que é ou foi referência cultural importante; o de hoje foi o Toots Thielemans, considerado o Rei da Gaita.
Tive dois discos dele que ouvia direto, em uma época que pensei me aventurar em ser gaitista. Não só porque acho o timbre muito gostoso, mas também por uma provável preguiça em carregar instrumento… 😉
O Toots, além de monstrão, era maior gente boa e como prova de maestria comum na música mundial, era um fã da música brasileira em sua diversidade. E também tinha excelência na arte do assobio.
Lembro que ouvi muita gaita diatônica, aquela do blues, por conta das audições dos caras Junior Wells (que era fera até quando perdeu um pulmão), Charlie Musselwhite e o brasileiro Jefferson Gonçalves (da lendária banda Baseado em Blues), muitas dessas audições com o amigo Renato Gralha Araújo que também manda muito bem nas blue notes da gaitinha.
Depois me apaixonei pela cromática, aquela que tem uma chavezinha, e ouvi muito, além do Toots, os brasileiros Maurício Enhorn (jedi do instrumento), Edu da Gaita (figuraça) e a lenda Zé da Gaita (o nome é sensacional). Não segui no instrumento, mas guardo com carinho os muitos sons ouvido dessa galera. Aliás, um amigo querido, Stanley Neto, está na ativa e manda super bem no instrumento, motivo de orgulho.
Valeus, Toots!

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