Exatamemente no dia em que se lembra do Ato Institucional número 5, o famigerado AI-5, que elevou ao máximo a selvageria sanguinária montada na máquina do Estado pela ditadura civil-militar de 64… Justo hoje, um bando de bandidos decreta que os pobres brasileiros tem mais é que morrer mesmo. Esse bando mesmo que jamais colocaria esse nefasto pra ser avaliado pela população ou disputando uma eleição, uma vez que historicamente esse setores só conseguiram impor suas pautas na base do golpe.
E esse golpe é sinistro ao extremo e muito bem orquestrado. Como está na iminência do vampiro obsessor presidente cair, as forças que bancam o golpe correm pra destruir todas as conquistas minimamente conseguidas nos últimos anos, o máximo de perversidade que der pra passar antes de qualquer possibilidade de reação.
E É UM GOLPE com áudios explicativos (principalmente os do Jucá e o do próprio ilegítimo), com depoimentos, com delações, com gráficos, explanado com clareza e sendo ao mesmo tempo diluído e perfumado pelo braço midiático do conluio golpista.
Misto de revolta e tristeza em ver tantos amigos, conhecidos, parentes – POBRES, ASSALARIADOS – que lamentavelmente apoiaram esse processo, mesmo com tanta gente avisando que eram nítidas as intenções dessa quadrilha. Pensar que vários amigos estariam em 64 pedindo o golpe na Marcha com Deus e a Família pela Liberdade é de lascar o cano da aorta…
O presidente da sessão de 17 de abril na Câmara, eduardo cunha, o nefasto, preso; o presidente da sessão no Senado, delatado até o fio do cabelo, o STF acovardado, como Lula tinha falado e sido criticado; os principais nomes da frente golpista surgindo com seus toscos apelidos nus e crus, sujos até o talo; com uma presidenta deposta sem nenhum crime, só resta mesmo a fala do jucá (aka Caju pra odebrecht): “um grande acordo nacional, com o Supremo, com tudo”.
Quem sempre foi de lutar, vai lutar sempre. Mas que dá uma tristeza, um cansaço, viver o que rolou hoje dá.
Pra terminar: amigos e amigas dessa bolha, vamo nos cuidar pra não ficar (mais) doentes e vamo nessa que a bola tá em campo ainda.
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