Há 60 anos a escritora Raquel de Queiroz, imortal da Academia, prestigiada em vida, publicou um relato muito incrível sobre um avistamento de um ovni em sua fazenda em Quixadá, no Ceará.
Foi no dia 13 de maio de 1955, segundo escreveu na coluna que ela mantinha na revista O Cruzeiro, uma das publicações de maior circulação do país naquela época.
Um texto muito bem escrito para um fenômeno bastante curioso e que na época parece ter causado grande impacto.
“Dou apenas o meu testemunho. Não é imaginação, não é nervoso, não são coisas do chamado “temperamento artístico”. Sou uma mulher calma, céptica, com lamentável tendência para o materialismo e o lado positivo das coisas. Sempre me queixo da minha falta de imaginação. Ah, tivesse eu imaginação, poderia talvez ser realmente uma romancista. Mas o caso de ontem não tem nada comigo, nem com o meu temperamento, com minhas crenças e descrenças. Isso de ontem EU VI.”
Texto completo:
“Hoje não vou fazer uma crônica como as de todo dia; hoje, quero apenas dar um depoimento. Deixem-me afirmar, de saída, que nestas linhas abaixo não digo uma letra que não seja estritamente a verdade, só a verdade, nada mais que a verdade, como um depoimento em Juízo, sob juramento.Escrevo do sertão, onde vim passar férias. E o fato que vou contar aconteceu ontem, dia 13 de maio de 1960, na minha fazenda “Não me Deixes”, Distrito de Daniel de Queiroz, município de Quixadá, Ceará. Seriam seis e meia da tarde; aqui o crepúsculo é cedo e rápido, e já escurecera de todo.
A Lua iria nascer bem mais tarde e o céu estava cheio de estrelas. Minha tia Arcelina viera da sua fazenda Guanabara fazer-me uma visita, e nós conversávamos as duas na sala de jantar, quando um grito de meu marido nos chamou ao alpendre, onde ele estava com alguns homens da fazenda. Todos olhavam o céu. Em direção norte, quase noroeste, a umas duas braças acima da linha do horizonte, uma luz brilhava como uma estrela grande, talvez um pouco menos clara do que Vésper, e a sua luz era alaranjada.
Era essa luz cercada por uma espécie de halo luminoso e nevoento, como uma nuvem transparente iluminada, de forma circular, do tamanho daquela “lagoa” que ás vezes cerca a Lua. E aquela luz com o seu halo se deslocava horizontalmente, em sentido do leste, ora em incrível velocidade, ora mais devagar. Às vezes mesmo se detinha; também o seu clarão variava, ora forte e alongado como essas estrelas de Natal das gravuras, ora quase sumia, ficando reduzido apenas à grande bola fosca, nevoenta.
E essas variações de tamanho e intensidade luminosa se sucediam de acordo com os movimentos do objeto na sua caprichosa aproximação. Mas nunca deixou a horizontal. Desse modo andou ele pelo céu durante uns dez minutos ou mais. Tinha percorrido um bom quarto do círculo total do horizonte, sempre na direção do nascente; e já estava francamente a nordeste, quando embicou para a frente, para o norte, e bruscamente sumiu, assim como quem apaga um comutador elétrico.
Esperamos um pouco para ver se voltava. Não voltou. Corremos, então, ao relógio: eram seis e três quartos, ou seja, 18h45. Pelo menos umas vinte pessoas estavam conosco, no terreiro da fazenda, e todas viram o que nós vimos. Trabalhadores que chegaram para o serviço, hoje pela manhã, e que moram a alguns quilômetros de distância, vêm nos contar a mesma coisa.
Dizem que nessas aparições a luz se aproximou muito mais, ficando muito maior. Dizem, também, que essa luz aparece em janeiro e em maio – talvez porque nesses meses estão mais atentos ao céu, esperando as chuvas de começo e de fim de inverno. Que coisa seria essa que ontem andava pelo céu, com a sua luz e o seu halo? Acho que, para defini-la, o melhor é recorrer à expressão já cautelosamente oficializada: objeto voador não identificado. Mas, não afirmo. Porém, isso ele era.
Não era uma estrela cadente, não era avião, não, de maneira, nenhuma coisa da natureza com aquela deliberação no vôo, com aqueles caprichos de parada e corrida, com aquele jeito de ficar peneirando no céu, como uma ave. Não, dentro daquilo, animando aquilo, havia uma coisa viva, consciente. E não fazia ruído nenhum. Poderia recolher os testemunhos dos vizinhos que estão acorrendo a contar o que assistiram: o mesmo que nós vimos aqui em casa.
A bola enevoada feito uma lua, e no meio dela uma luz forte, uma espécie de núcleo, que aumentava e diminuía, correndo sempre na horizontal, e do poente para o nascente.
Muita gente está assombrada. Um parente meu conta que precisou acalmar energicamente as mulheres que aos gritos de “Meu Jesus, misericórdia!” caíam de joelhos no chão, chorando. Sim, em redor de muitas léguas daqui creio que se podem colher muitíssimos testemunhos. Centenas, talvez. Mas faço questão de não afirmar nada por ouvir dizer.
Dou apenas o meu testemunho. Não é imaginação, não é nervoso, não são coisas do chamado “temperamento artístico”. Sou uma mulher calma, céptica, com lamentável tendência para o materialismo e o lado positivo das coisas. Sempre me queixo da minha falta de imaginação. Ah, tivesse eu imaginação, poderia talvez ser realmente uma romancista. Mas o caso de ontem não tem nada comigo, nem com o meu temperamento, com minhas crenças e descrenças. Isso de ontem ‘EU VI‘.”
Meu incrível a história da dona Raquel, isso aconteceu comigo com uma luz que faziam movimentos de zig e zag para cima e para baixo , e para o lado esquerdo e direito em uma velocidade incrível, no meu caso foi que venho o salmo 97 e depois de semanas aconteceu essas ocorrências de abdução, agora não sei se as duas coisas tenha as mesma conotação, mas de fato isso foi muito bem vivido na minha vida e fatos reais, gostei do depoimento da dona Raquel top 10.
Pingback: A bola “feito uma lua” que Raquel de Queiroz viu "andar" no céu do Ceará em 1960
Incrível relato da Imortal Rachel de Queiroz. Relato rico e bem documentado. Muito bom, obrigado por divulgar.
Torres, incrível mesmo né?
Obrigado pelo contato.
Abraço
Eu já tive algumas experiências.
Uma certa vez, quando criança, fui chamar minha irmã que estava na casa da vizinha, ao olhar o céu vi uma luz como uma estrela cadente, mas ela parou, girou e sumiu rapidamente.
Ainda criança, estávamos brincando de policia e ladrão na rua. Os adultos que estavam na rua ficaram paralisados e um grande facho de luz caiu sobre mim e as outras crianças, depois só lembro de acordar em casa no outro dia.A tardinha, estava com a mesma turma e cada uma sonhou que estava brincando na rua e uma luz apareceu. Até hoje eu fico pensando se foi imaginação de criança ou se aconteceu mesmo.
Outra vez, ainda criança, acordei com muitas luzes vindo do quintal, fui olhar pelas venezianas da janela e parecia um pisca pisca gigante, super colorido. Também só lembro de ter acordado na cama.
Já adulta, ainda dividia o quarto com minha irmã, vimos algo como um vaga-lume na parede do quarto, só que a luz foi aumentando e ficou do tamanho de uma bola de tênis e se aproximou de nós. Era uma luz que não irradiava como uma lanterna, ela ficava contida e dentro tinha uma espécie de sol, um núcleo,quando chegou uns dez centímetros da gente começamos a gritar e sumiu, simplesmente sumiu. Depois disso, alguns vizinhos começaram a falar que viram uma bola de fogo dentro de suas casas.
Depois dessa não tive mais experiências, graças a Deus.
Puxa! Que relato incrível da escritora Rachel de Queiroz! Eu também avistei um ovni em meados dos anos 70. Ficou pairando no ar,sem ruído algum e soltava uma luz muito forte,alaranjada. Eu e meu pai que vimos. Depois ele subiu verticalmente em altíssima velocidade e desapareceu no céu.
Terezinha, obrigado pelo comentário; é um relato incrível mesmo né? E ela era famosa na época e a revista, uma das mais maiores em circulação no país.
Caramba, esse teu relato também é bem instigante.
Abraço
Munemitsu, obrigado pelo comentário. Muito instigante também seu relato corroborando este avistamento de Dona Rachel. Mistérios de um mundo imenso.
Eu queria um resumo por favor o mais rápido possível
Uma semana após eu vi no céu límpido em Santo Antônio da Platina Pr, mais ou menos às 14:00 horas um (apenas um) objeto quadriculado de brilho metálico (alumínio polido) fazendo uma evolução semelhante ao descrito pela escritora. Eu fui assíduo leitor de O Cruzeiro e adorava as crônicas da última página da revista onde Raquel de Queiroz publicava.
Moro em Santo Antônio da Platina e já tive muitos contatos extraterrestres, desde quando eu era criança quando eu e meu amigo, ao pularmos dentro de um quintal abandonado e cheio de mato, deu um clarão, às 13:30 da tarde, e acordamos dentro de uma fábrica abandonada há 200 metros do local, perto do Jardim do Sol, às 18:20 e conseguimos fugir por um buraco na parede quando vimos que já estava quase anoitecendo. Escrevi um livro sobre isso em 2021 e sobre outros contatos que tive, inclusive, muitos deles, junto com os meus pais. Em 1996 eu e minha mãe vimos um que tinha acabado de sair do nosso quintal deixando o solo sem crescer nenhum tipo de vegetação por vários anos. em 2016 eles voltaram a aparecer pra mim no novo bairro onde eu moro, no Jardim Santa Efigênia, próximo a Vila Claro e Jardim São Paulo onde uma nave desceu em cima de mim e do nosso cachorro em maio de 2017, acendeu uma luz e foi embora. Em 2023 saiu duas reportagens sobre avistamentos em Santo Antônio da Platina – PR.