Em meio ao pesado e angustiante noticiário político, econômico, policial, social, uma notícia de ontem me chamou muito a atenção. Dá conta de que cientistas descobriram que a faca pessoal do Faraó Tutancâmon, encontrada junto ao seu corpo, veio do espaço. Isso mesmo: a trabalhada e sofisticada arma branca do moço, foi feita com uma liga de metal não encontrada na Terra, proveniente de algum meteoro, meteorito, algo assim.
O que soma ao imenso rol de coisas malucas, curiosas, relacionadas ao polêmico sujeito. Como o fato de ele ter sido, não se sabe porque, embalsamado de pênis ereto ou o fato de ter tido uma auto-combustão depois de morto. Ou as coisas que ainda não foram catalogadas de seu imenso conjunto mortuário. Tutancâmon, que morreu aos dezoito anos, viveu há três mil anos e já faz noventa e poucos que seu mausoléu foi descoberto, um desses tesouros chapantes da humanidade que ainda vão render muita coisa legal.
Bom, comentando isso também porque sempre penso nessa questão. Há um descompasso imenso, descomunal, desproporcional, entre as incríveis maravilhas do mundo, belezas, desafios, contemplações, xaradas, ensinamentos, encantos… E a gente ainda aqui tendo que lidar com fila pra atendimento médico, com a bancada evangélica, com a mesquinharia, com a truculência das polícias, com dinheiro pra passagem, com os latifúndios, com a fiscalização da sexualidade do outro…
Ai, ai, meteoros…
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http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/maps.12664/abstract